A voz que tinhas para mim calou-se. Perguntei-te porquê mas
não me soubeste responder. Eu também não te sei responder e acho que nunca
soube. Agora quero responder-te e quero calar-te e quero… quero não sei bem o
quê. E tu, sabes? Eu não sei o que queres. Mal sei o que quero.
Sabes que dou por mim a falar de ti com entusiasmo? Sabes
porque o faço? Eu sei, mas só às vezes. Não o quero fazer, mas queres que o
faça? Sabes? Eu não. Sei que agora envergonhas-me com silêncio quando antes me
envergonhavas com palavras e gestos e nem sei bem o quê. O que é feito desses
tempos onde eu me questionava e questionava-te e era tudo uma questão bem mais
divertida? Agora questiono-me e questiono-te mas esta questão deixa-me fora de
mim de uma forma angustiada. Não é nada divertido, deixa-me que te diga.
Já não sorris para mim agora, agora que me apetece sorrir
para ti. Entendes-me? Eu também não te entendo.
Sou uma sardinha no mar, e tu? És um pescador? Ou um peixe diferente?
Não sei o que és, mas tu sabes o que és? Diz-me, porque estas perguntas
colocam-me fora do aquário e eu só quero respirar sem dar importância a mais
nada. Mas sei lá, era capaz de te dar importância, parece-me.
Em ti vejo esferas de esperança, e elas agradam-me. Diga-me,
senhor Bipolar, as respostas às minhas perguntas. Odeio não saber as respostas
para os testes, muito menos aqueles me podem deixar sem ar. Tudo era mais fácil
quando era apenas uma ova de sardinha…
2 comentários:
Então e essa carta, sai ou nao sai?!
Espero que em algum momento eu também posso ter tempo para escrever um pouco, porque ele realmente é muito saudável e espero ter a chance de fazê-lo gostaria em algum momento a trabalhar um pouco menos e se sentar e escrever algo de bom em kosushi
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