Mudaste, sabias? Mudaste e para pior… tu desiludiste-me e dificilmente darás a volta (e sim, eu ja percebi que também não a queres dar... mas custa, caso não tenhas percebido)..
Ontem, chorei. Fechada num cubículo da casa de banho, no refeitório, nas escadas do bloco B, na carrinha, em frente ao portátil, eu chorei. Chorei porque tornaste-te no um daqueles anormais que por ai andam. Num daqueles idiotas sem escrúpulos que não valem NADA! E eu não sei mais o que fazer.
Revejo vezes e vezes sem conta as mesmas imagens… não me sai da cabeça o momento em que te vi ao pé do café, em que estavas acompanhado e, apesar de te termos chamado, tu não nos olhaste. Ignoraste-nos, e, com a minha raiva acumulada pela tua estupidez e indiferença, tentei dar-te um estalo. Tu conseguiste impedir-me e eu reparei na “perinha” que estás a deixar crescer, como te fica mal! Não me lembro do que te disse, mas sei que não percebeste a minha raiva, e sei que ainda não a percebes. Depois de trocarmos sms’s, eu digo-te que me conseguiste expulsar da tua vida e digo-te um “adeus”doloroso, pelo menos para mim, e tu simplesmente ignoras! Achas que estou a brincar, não é? Já percebeste que não é bem assim…; Depois lembro-me daqueles bons momentos em que tu eras (ou eu acho que eras) o verdadeiro Ricardo, e só eu sabia como eras. Lembro-me daquela terça-feira, em que tu almoçaste connosco e depois passaste o resto da tarde comigo. Estivemos no parque e falar calmamente, e ouvimos os putos a tentarem meter-se comigo… como nos rimos!; Também me lembro daquela noite de festa… festa num território nosso conhecido, em que compras algodão doce e partilhas comigo. Voltamos a sentar-nos no mesmo banco do mesmo parque, e eu dou-te algodão á boca assim como tu me dás a mim. Parecemos namorados e rimo-nos com essa ideia tola! Tu falas-me da Ana, e eu falo-te do João… Dizes que a amas, que ela te ensinou a amar… (pelos visto isso era mentira); Por fim, lembro-me do dia 29 de Junho, em que eu estava profundamente irritada, chateada, desnorteada, e só me acalmei ao ouvir a tua voz no telemóvel. Gritava no meio da rua e tu foste o único que me fez rir…
A pior parte, é que tu nunca soubeste dar valor às coisas enquanto as tinhas. Não deste valor á minha amizade, a cada luta que travei para te salvar da pessoa que te tornaste agora. Mudaste da noite para o dia, não sabes o que é ser serio… não dás valor às pessoas que sempre te apoiaram e que sempre gostaram de ti, mesmo quando as querias expulsar da tua vida e elas resistiram. Eu fui a que mais lutou e agora perdi as forças. Conseguiste! Conseguiste que desistisse, e eu vou sair da tua vida. Não te direi mais nada e tu não mandas em mim, como ninguém manda, mandou ou mandará.
Se realmente tiveres alguma consciência - se essa fase, se esse período passar - não te queixes. Podes sempre pedir desculpa, embora eu duvide que o farás, mas a decisão é minha. Magoaste-me e deixaste-me mais desnorteada do que aquela sexta-feira, e não poder contar contigo para me acalmar e fazer sorrir, como um bom amigo faz e eu pensava que o eras, é o que mais me faz sofrer. Quantas vezes disse que eras um dos meus melhores amigos… agora, carrego um peso no peito que as lágrimas aliviam, mas que, passado pouco tempo, regressa. (repara na imagem: ela luta mas desistiu, e a sua tristeza nota-se no olhar… É assim que me sinto, percebes?)
Adeus Ricardo, adeus…
Para: Ricardo Carreiras.
2 comentários:
adorei o teu blogue.
e encontrei-o por acaso, parece escrito por mim há anos atrás...bem e a concidência do Ricardo "matou-me".
tens tudo o que é preciso, não lhe digas ADEUS!!!
já agora aconselho um dos meus poemas preferidos de sempre- Eugénio de Andrade- ADEUS!!!
obrigado...
vou ja ver esse poema, agradeço a sugestao. Actualmente estou numa fase de "adorar" o poema "A Tabacaria" de Alvaro Campo. nao me fixo com nada preferido porque há sempre qualquer coisa nova, melhor e mais adequada ;)
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