Pequenas zombarias
(Vim agora a descobrir)
Sempre marcaram os meus dias.
Que devo fazer?
Não sei se hei de
Chorar, ou
Rir.
Talvez ria,
(por já chorar demais)
A minha vida é uma ironia;
Obrigado, queridos pais.
Sem querer me fizeram,
Sem querer, nasci.
E a mal caminhar,
Por pouco não faleci.
Revolta fervilha-me no sangue
E de nada me vale.
Sou filha de quem me fez
Mesmo que o negue quando fale.
O meu destino será igual
Porque igual, eu sou.
Estar sozinha é o meu mal
E isso nunca mudou.
Fraquezas corroem-me o espirito,
Como o ácido que são.
Contradizem-me o nome,
Não me deixam levantar do chão.
Memorias que tenho
Dizem me o que eu devia saber:
Talvez não devesse existir;
Digo-o amargamente, a sorrir.
Pouco importa,
Porque, meus caros,
Nascemos apenas para morrer.
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