Ela olha, o mais discretamente que consegue, para ele. Não que ela realmente sinta algo por ele, ate porque, no fundo, são ambos desconhecidos no meio daquela multidão, mas ela olha e gosta do que vê. Face de menino em corpo de um quase homem… Yes, She likes it.
Ela sonha. Mente perversa, a dela. Ela gostava de o poder encostar á parede e beija-lo até ficarem sem fôlego. Gostava de fazer loucuras. Ela gostava de… não o faz. Não pode. Ela sonha e sonha o que nunca poderá alcançar (e o que não deve alcançar). E ele, ele!, jamais pode saber. (no more laughing, please).
Ele… Ele está mesmo ali ao lado. Tão perto que ela quase (ah, se ela pudesse) lhe pode tocar. Ela tem que se ir embora, por isso, dispensa um último olhar… Estranho, pareceu-lhe que ele estava a olhar para ela – alias, foi por isso que ela desviou mais rapidamente esse último olhar – e a sua respiração acelera, ela recomeça sonhos perdidos… Ela sabe que sempre que os seus olhares se cruzam é apenas porque são apenas mais duas pessoas no meio de outras pessoas. Mas ela sonha.
Ela não sente nada por ele, ela não conhece muito mais do que o nome… ela não o ama, ela apenas se sente interessada (She cannot love, remember? She’s too hard-hearted). Ela nem sequer lhe consegue falar (do que iriam falar se não tem nada em comum?). She doesn’t love him, but that doesn’t mean she can’t (dis)like the way he (doesn’t) looks at her.
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