Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Janeiro de 1931, de Fernando Pessoa.
Bem, isto de estar no 12º e estudar Fernando Pessoa tem muito que se lhe diga… Já leram o poema e tentaram percebe-lo? Pois, mas nao deixa de ser “giro”. Quem diria que eu, por exemplo, era capaz de me identificar tão bem com Fernando Pessoa? A “dor de pensar” e a desfragmentação do sujeito poético são me tao familiares … enfim, quem me mandou a mim não ser normal?
1 comentário:
Ao menos tu estudas Fernando Pessoa...
:(
Saudades
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