Imagino-te, sinto-te, quero-te… debaixo da minha pele. Naqueles meus sonhos, até mesmo acordada, com aquele instinto selvagem. Aquele instinto animal e exagerado, aquele sentimento de exaltação, concretização e satisfação. Sabes como é… Aquele arrepio que sentes quando te tocam ao de leve e quase que ronronas de prazer.
Mas espera! Tu?! Não! Nunca! São as hormonas a falar. É a falta de carinho e o facto de me estar a tornar numa mulher que me cegam. São aqueles breves momentos em que trocamos o olhar porque sabemos algo… Mas não! Tu não és… tu és… tu és diferente! E eu… eu gosto de sonhar acordada. Quero tanto amar e ser amada que não resisto a forçosamente deixar-me levar… Ah! Mas o instinto selvagem, esse, é irresistível e mais forte que qualquer sonho.
Deixa-me dizer que não te amo. A sério. Não te amo, mas quero-te. Posso querer-te? O amor está demasiado sobrevalorizado; nada é eterno, e o amor não passa de uma ilusão. O desejo é muito mais satisfatório, algo que vale mais a pena. Leva-te aos teus extremos, leva-te a fazeres o inimaginável. E desejo-te. É que tens um olhar meigo, apesar de tudo. Já alguma vez disse que não resisto a um olhar meigo?...
Muito sinceramente já não tenho a certeza do que faço nem do que digo. Já não distingo a realidade da imaginação. A única coisa que é real e cuja certeza me faz vibrar são aqueles meus instintos selvagens…
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