08 junho, 2010

Ciclo Vicioso

Lá soa a gritaria. De novo. Outra vez. Para variar. E lá vem o cheiro que me faz tonta e enjoada, enojada até. A voz embargada que não suporto mais ouvir, com as palavras que não se cansa de repetir quando se encontra neste estado. E quem tem essa voz considera-se o rei, o deus, a epítome do certo e da razão. Mas Dionísio, "dion", é o seu mestre e senhor: não importa quantas vezes o renuncie, a fraqueza da sua mente e vontade fazem com que rasteje que nem um cão com o rabo nas pernas á sua vontade.
E quando "A besta", como lhe chamo, se encontra rendida ao seu akri ("mestre e senhor" em Atlanteano... não interessa, ando a ler demais), não ouve quem está á sua volta e estraga a felicidade dos que ficam. O monstro adora rir-se para ser idiota, para fingir que é esperto. O seu riso é absolutamente doentio e infecta os á sua volta com a doença. A sua vontade de saber tudo, de ser o centro e de estar em cima de todos os acontecimentos arruína a liberdade dos que o acompanham. E é o que o vai levar a completa solidão.
Dos quatro originais, há muito que só sobram três: há muito que o membro mais jovem envelheceu e endureceu a sua capacidade emocional, que é uma pessoa partida e nunca mais será inteira e por isso é que abandonou os restantes. Dois desses originais apoiam "a besta"- e não sabem bem porquê. E esse original apodrecido é o capitão do barco que eventualmente levará ao fundo do mar.

Um já saltou; será que os outros se vão afogar?

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