Tic tac
Tic tac
O relógio não pára
Acompanhando o tempo
Que tudo muda
Tudo cura
(ás vezes resulta)
E neste silencio pesado
Só se ouve aquele passar
Por vezes irritante
Por vezes belo
Teimando em não passar
Tic tac
Tic tac
Repete vezes infinitas
Naquela sala grande
Lembrando que nada espera por nós,
Que
O tempo não perdoa,
Que
Nada é para sempre,
E que
A vida é frágil e efémera.
Algo que em tantos momentos é esquecido
Porquê?
Se o fazemos
Algo nos lembra
E mesmo assim
Não deixamos de esquecer…
Enquanto nos esquecemos
Pelos menos, amamos
Um bebé
Um irmão
Um amigo
Uma pessoa especial
Um animal
Uma planta
Um sonho
Um objecto…
E ao amarmos,
De vez em quando
Somos felizes,
E assim, não esquecemos.
Simplesmente, vivemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário